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Dia Mundial do Doador de Sangue reacende debate sobre PEC do Plasma
Nacional
Publicado em 14/06/2024

Nesta sexta-feira (14) é comemorado o Dia Mundial do Doador de Sangue. No Brasil, por ano, são cerca de 3 milhões de doações recebidas. Em 2023, por exemplo, foram 3.254.733 coletas, o segundo maior número desde 2019, segundo dados do Ministério da Saúde. Cada uma das doações pode salvar até quatro vidas e com elas, no ano passado, foram realizadas 3.090.322 milhões de transfusões.

O sangue, no entanto, é alvo de um embate no Senado. Uma das PECs (Proposta de Emenda à Constituição) que mais movimentaram a Casa no ano passado foi a chamada PEC do Plasma, que muda a Constituição para permitir que os bancos de sangue privados ganhem o direito de vender o plasma.

O componente muitas vezes não é utilizado nas transfusões sanguíneas e seria vendido para empresas farmacêuticas que o processariam e venderiam os medicamentos para o mercado privado e à rede pública para atender pessoas com deficiência imunológica.

O projeto é de autoria do senador Nelsinho Trad (PSD-MS), que afirma que o SUS não consegue atender a demanda de hemoderivados, principalmente da imunoglobulina.

Segundo Trad, seriam necessários mais três empresas como a Hemobrás para atender a demanda atual do país. “Enquanto essa questão não for resolvida, o Brasil continuará a enfrentar altos custos e ineficiências, sem garantias quanto à qualidade dos produtos, como indicam estudos recentes. A nossa proposta busca a integração da eficiência e inovação do setor privado ao sistema público, assegurando tratamentos vitais de forma mais ágil e abrangente”, defende.

O projeto, contudo, recebe críticas do Ministério da Saúde, da Hemobrás, do Conselho Nacional de Saúde, da Fundação Oswaldo Cruz e dos bancos de sangue públicos e da Associação Brasileira de Pessoas com Hemofilia.

Trad diz que a participação do setor privado será regulada para complementar o trabalho da Hemobrás, sem riscos para a população.

 

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