O agro do Rio Grande do Sul tenta recomeçar após a tragédia das enchentes destruir áreas de lavouras, granjas e também a infraestrutura de diversas regiões do estado. Apesar da garra e da força do povo gaúcho, o desafio será grande. Em Estrela, no Rio Grande do Sul, a água baixou e o Eloi Wermann, produtor de leite, voltou à área de ordenha dos animais. Ele encontrou muita lama, destruição, sujeira por todos os cantos. A área do galpão danificada, as madeiras soltas e espalhadas por todo local. Na casa, a água chegou até o teto. Apesar das dificuldades, ele diz: nós já decidimos, se conseguirmos recursos, vamos começar de novo, e com o leite.
Na suinocultura gaúcha, a gente também encontra a mesma vontade de seguir em frente. A propriedade da Priscila Bonfanti ficou assim, tomada pela água. Ela é criadora no município de Encantado e ainda não conseguiu fazer a contagem de morte dos animais e de perdas na estrutura toda. Mesmo sabendo que o desafio é grande, nos disse ter uma única certeza, que não podem parar.
No centro do Estado, produtores de arroz relataram que ainda há diversas áreas rurais sem energia elétrica, já que as redes de transmissão foram destruídas. Há muito trabalho a fazer. Mas a gente brava e trabalhadora do agro do Sul do país está pronta para recomeçar.
A agricultura e a pecuária lideram o ranking dos principais setores atingidos pelas enchentes no Rio Grande do Sul. Dados parciais, atualizados pela Confederação Nacional dos Municípios nesta semana, apontam para prejuízos bilionários. O governo federal anunciou algumas medidas de prorrogação de dívidas e mudanças no sistema de inspeção para auxiliar no enfrentamento dos problemas. Muito mais precisará ser feito para reerguer o agro gaúcho, a começar por crédito barato.
Fonte: Jovem Pan