O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anuncia nesta 4ª feira (24.abr.2024) 4 empresas de comunicação digital para atender as demandas da Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência).
A licitação para os contratos será de R$ 197.753.736 e o contrato tem duração inicial de 1 ano. O valor é considerado o maior da história do governo federal para o setor da comunicação.
O anúncio das 4 empresas –de um total de 24 que estão concorrendo– será feito no Salão Nobre do Ministério das Comunicações, às 9h, segundo o aviso de licitação (PDF – 60 kB) emitido pela Secom.
A escolha das companhias é feita com base nas soluções propostas para combater as fake news. Ao lançar a iniciativa, o governo determinou que cada uma das empresas deveria apresentar um plano de comunicação digital com estratégias e ações de combate à disseminação de informações falsas sobre temas referentes ao governo.
A presidência apresentou uma série de objetivos visados na apresentação do plano. Eis a lista:
- promover a “educação midiática” para identificar fake news;
- incentivar alertas contra informações falsas;
- demonstrar o impacto das fake news na população; e
- divulgar fontes confiáveis de informação.
Segundo o edital lançado pelo governo, as 4 empresas a serem escolhidas devem determinar tarefas como a implementação de soluções de comunicação digital e moderação de conteúdo e de perfis em redes sociais. Eis a íntegra do edital (PDF – 223 kB).
O anúncio desta 4ª feira (24.abr) será feito pela comissão técnica do Ministério das Comunicações, com base nas notas que cada uma das empresas receber por suas respectivas propostas apresentadas. Até o momento do anúncio, a comissão não saberá qual empresa recebeu cada nota.
Além da Secom, os contratados deverão atender demandas dos outros órgãos que compõem a Sicom (Sistema de Comunicação de Governo do Poder Executivo Federal).
O Planalto aposta que, com essas contratações, o governo poderá ter um controle melhor da entrega do conteúdo à população. A administração Lula reclama de não ter ferramentas de segmentação de entregas. Dessa forma, é como se o governo não conseguisse atingir o público alvo de cada ação lançada pela União.
ESTRATÉGIA PARA QUEDA DE POPULARIDADE DO GOVERNO
A licitação para as empresas de comunicação se dá depois de a gestão petista presenciar uma queda de popularidade. O governo vem patinando sobre sua atuação e como se apresentar nas redes sociais. A iniciativa é a principal aposta para resolver a questão.
O mau desempenho do governo na comunicação tem sido alvo de críticas de Lula –o próprio presidente tem atribuído publicamente à área a queda na sua popularidade. A expectativa, nos bastidores, é que de maio a junho as novas ferramentas já estarão contratadas e funcionando.
Em 2023, houve uma fracassada tentativa de fazer lives, mas o petista teve baixíssima audiência a abandonou a estratégia. O contratado para interagir nessas transmissões, Marco Uchôa, até saiu do governo.
No 1º semestre de 2024, o governo Lula também lançou a campanha Fé no Brasil, criada para divulgar de forma mais integrada as entregas do Executivo e tentar se aproximar dos evangélicos.
Fonte: Poder360