O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira, 3, que “dinheiro bom é dinheiro transformado em obras”. A afirmação aconteceu durante reunião com ministros no Palácio do Planalto para discutir investimento em infraestrutura, mas a fala ocorre em meio a discussão envolvendo a meta fiscal. Nas palavras de Lula, para o Ministério da Fazenda dinheiro bom “está no Tesouro”, ao contrário da avaliação da Presidência. “Para quem está na Fazenda, dinheiro bom é dinheiro que está no Tesouro, mas para quem está na Presidência dinheiro bom é dinheiro transformado em obras. É dinheiro transformada em estrada, em escola, em escola de primeiro, segundo, terceiro grau, saúde”, disse o mandatário. Ele também reforçou que os ministros os valores previstos para as pastas devem ser executados: “Se o dinheiro estiver circulando e gerando emprego, é tudo que um político quer e que um presidente deseja”, pontuou.
“Queremos que vocês sejam os melhores ministros desse país, os melhores executores desse país, os melhores gastadores do dinheiro em obras de interesse do povo brasileiro. É para isso que estamos fazendo essa reunião aqui”, disse o petista. O presidente se reuniu com ministros para discutir projetos de infraestrutura para o país. “Ainda teremos, neste ano, reuniões das pastas de serviços, áreas sociais e, por fim, uma reunião ministerial de avaliação no final do ano. É como o intervalo entre o primeiro e segundo tempo. O primeiro está terminando e faremos um balanço final, para não repetir possíveis equívocos e continuar trabalhando para melhorar a vida das pessoas. Nós assumimos o compromisso de tirar o Brasil da letargia em que estava. E estamos apenas começando”, complementou.
A declaração de Lula ocorre dias após o próprio presidente dar declarações sobre o possível descumprimento da meta fiscal. Como o site da Jovem Pan mostrou, o mandatário afirmou na última sexta-feira, 27, que a meta de déficit zero “dificilmente” será alcançada no ano que vem. A fala desagradou o mercado, com alta do dólar e dos juros, e elevou as cobranças ao ministro Fernando Haddad (PT) sobre o cumprimento da meta fiscal. O chefe da Fazenda, que participou da reunião, defende zerar o déficit das contas públicas em 2024 e fala em buscar o “equilíbrio fiscal”.
Fonte: Jovem Pan