O governo federal empenhou só na 3ª feira (9.mai) o montante de R$ 712 milhões em emendas de congressistas. Nos 128 dias anteriores, havia empenhado R$ 486 milhões. O dado é o mais atualizado no Painel de Emendas do Siga Brasil, do Senado.
O empenho é o primeiro estágio da execução da despesa pública. Com ele, o governo formaliza que reservará uma parcela do dinheiro disponível no Orçamento para aquela despesa. Funciona como uma garantia da autoridade de que o pagamento será feito.
Depois do empenho vem o estágio da liquidação, quando o governo reconhece que o serviço contratado foi entregue, e depois o pagamento propriamente dito, com o depósito do dinheiro.
O que o governo federal fez agora, portanto, é separar do Orçamento o dinheiro para que as indicações de despesas feitas pelos congressistas sejam contempladas. Assim, obras eventualmente indicadas, por exemplo, podem ter início.
A liberação de recursos é parte do esforço do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para reorganizar sua base aliada e assegurar a aprovação do marco fiscal. As duas derrotas da semana passada levaram o petista a ordenar que os ministros começassem a liberar o dinheiro.
Quem mais recebeu
As senadoras Mara Gabrilli e Daniella Ribeiro, do PSD, foram as que mais receberam de janeiro de 2023 até agora.
- Mara Gabrilli – R$ 28 milhões;
- Daniella Ribeiro – R$ 23 milhões.
Leia o top 10 de quem mais recebeu no infográfico abaixo:
Os ministérios que mais empenharam recursos até agora foram os seguintes:
- Saúde – R$ 696 milhões;
- Transportes 217 milhões;
- Desenvolvimento – R$ 173 milhões
- Defesa – R$ 46 milhões
- Integração – 43 milhões
Houve a partir desta semana uma mudança de dinâmica na liberação de emendas. Até 2ª feira (8.mai), metade dos recursos liberados eram para emendas de bancadas estaduais.
A estratégia anterior de Padilha era priorizar conversas com bancadas estaduais e líderes. A partir de ontem, deputados e senadores viram um volume significativo de recursos nominais serem liberados.
Mais dinheiro deve vir em breve. Na conta do governo estão R$ 9 bilhões de emendas do relator dos anos anteriores.
Fonte: Poder360