O presidente da Argentina, Alberto Fernández, anunciou nesta sexta-feira, 21, que não se candidatará à reeleição nas eleições gerais de outubro, para as quais sua coalizão de centro-esquerda Frente de Todos ainda não definiu candidato. “O próximo dia 10 de dezembro de 2023 é o dia exato em que comemoramos 40 anos de democracia. Nesse dia, entregarei a faixa presidencial a quem for legitimamente eleito nas urnas pelo voto popular. Trabalharei energicamente para que seja alguém que represente o nosso espaço político”, disse Fernández em um vídeo postado em sua conta no Twitter. Em sua declaração de quase oito minutos, sob o título “Minha decisão”, o presidente de 64 anos, que enfrenta forte rejeição (de 71%, maior na série histórica de 17 anos da consultora Poliarquía), relembrou as condições de endividamento e inflação nas quais o país se encontrava quando assumiu o cargo em 2019, posteriormente agravadas pela pandemia global, pela guerra na Ucrânia e atualmente devido a “uma seca brutal”, listou.
“Tenho que concentrar os esforços, o empenho e o coração na resolução dos problemas dos argentinos”, insistiu, numa espécie de equilíbrio da sua gestão. Em aceno para o centro, o presidente assegurou que a Frente de Todos “precisa gerar um novo ciclo virtuoso em que outros se empoderem para reconquistar o coração de quem continua a nos ver como o espaço que garante que a direita não volte para nos trazer seu pesadelo e sua escuridão”. A Argentina realizará o primeiro turno das eleições presidenciais em 22 de outubro, com possível segundo turno em 19 de novembro. Antes, em 13 de agosto, os partidos políticos devem realizar eleições primárias obrigatórias. Uma pesquisa recente divulgada “Clarín” mostrou que os eleitores argentinos sentem mais afinidade com o partido de direita Libertários, 15 pontos percentuais à frente do Partido Peronista, do presidente Fernández.
*Com informações da AFP
Fonte: Jovem Pan